O mundo olha para a Amazônia com preocupação, será que ainda temos o que comemorar?

Salve a amazônia

Com a proximidade do dia da Amazônia que faz referência a data de 5 de setembro de 1850, quando o Príncipe D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas). A Floresta Amazônica é a maior reserva natural do planeta, considerada uma das maiores riquezas da humanidade. A área aproximada da floresta Amazônica é de 5,5 milhões de quilômetros, estando presente em 8 estados brasileiros (Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso) e na América do Sul compreende os seguintes países: Suriname, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador, além do Brasil.

A Amazônia sofre constantemente com o desmatamento, principalmente devido ao avanço das plantações de soja e da pecuária, além da extração ilegal de madeira. E próximo à data criada para chamar a atenção para esse bioma tão importante para a humanidade, a floresta sofre outro forte golpe. No último dia 23 de agosto foi aprovada a abertura de 47 mil quilômetros quadrados para exploração mineral entre o norte do Pará e o sul do Amapá, desta forma uma área superior ao território da suíça, poderá ser explorada pelas mineradoras, que buscam metais em uma região que até então conservava sua biodiversidade e comunidades indígenas.

O impacto ambiental referente a essa liberação ainda é imensurável, mas acredita-se que tal fato poderá causar uma explosão demográfica, desmatamento, perda da biodiversidade e recursos hídricos, dentre outros problemas sócio ambientais. No último ano a Floresta Amazônica perdeu 2,8 mil quilômetros de mata nativa (cerca de 4 vezes a cidade de Salvador), embora tenha sido 21% menor que o desmatamento do ano anterior, as projeções para o futuro são alarmantes. O jeito agora é torcer e lutar para que esta liberação não siga adiante.